Minha Jornada Empreendedora até 2026

Durante muito tempo, eu achei que meu trabalho era apenas contar histórias. Hoje, entendo que sempre foi algo maior: criar estrutura para que histórias negras e LGBTQIA+ existam com dignidade, continuidade e futuro. O Guardei No Armário nasceu como sobrevivência, virou linguagem, se tornou plataforma e, com o passar dos anos, se consolidou como um ecossistema de educação cultural, narrativa e impacto social. Este texto é um marco: um olhar consciente sobre o que construí, o que aprendi e para onde sigo em 2026.

De sobrevivência a projeto: onde tudo começou

Comecei criando conteúdo para existir. Para me reconhecer. Para não enlouquecer em um mundo que me dizia, de formas sutis e explícitas, que eu era excesso. O que eu não sabia é que, ao organizar minhas próprias vivências, eu estava criando linguagem para dores coletivas.

O Guardei No Armário deixou de ser apenas um canal e se transformou em arquivo vivo de memória, identidade e pertencimento. Ao longo dos anos, percebi que meu trabalho não era só falar, era escutar, traduzir e devolver com responsabilidade.

Hoje, me posiciono com clareza: atuo na economia criativa e na educação cultural estratégica, conectando narrativas identitárias a pessoas, marcas e instituições que precisam comunicar com verdade, profundidade e responsabilidade.

Transformo vivências em:

  • conteúdo estratégico
  • experiências ao vivo
  • palestras e painéis
  • projetos especiais
  • metodologias educativas

Meu papel é o de tradutor cultural: alguém que cria pontes entre mundos que raramente se escutam, ajudando empresas, comunidades e indivíduos a entenderem identidade, pertencimento e diversidade como prática concreta, não como discurso vazio.

Fotos oficiais – por José de Holanda

Meu público não sofre por falta de talento. Sofre por não pertencimento, por cansaço de performar força o tempo todo, por confundir sucesso com sobrevivência e por carregar feridas afetivas pouco elaboradas. Falta, sobretudo, referência de futuro: envelhecer com dignidade, amar sem medo, prosperar sem se trair.

É por isso que meu trabalho não se limita a representar dor. Ele busca organizar sentido e projetar futuros possíveis.

Ao longo de mais de uma década, atuei em publicidade, criação de conteúdo, palestras, painéis estratégicos, projetos ao vivo, experiências especiais e como mestre de cerimônias. Trabalhei com marcas e instituições que confiaram na minha escuta e na minha capacidade de traduzir temas complexos com humanidade e precisão, como Warner Music Group, Itaú, Senac, Nivea, iFood, Vivo, Magalu, Nestlé, Petrobras, Stone, Bradesco, BNDES, Globoplay, Mercado Livre, Meta, Guaraná Antarctica, entre outras.

Essa diversidade de experiências consolidou meu trabalho como infraestrutura cultural contemporânea, e não apenas como presença pontual.

Empreender sendo quem eu sou: os desafios reais

Samuel Gomes – Foto: José de Holanda. Érica Malunguinho – Foto: Nicole Gonzalez. João Silvério Trevisan – Foto: Acervo pessoal Giovanna Heliodoro: Acervo pessoal Rodrigo França – Foto: Marcio Farias

Meu maior desafio como empreendedor nunca foi criar. Foi estruturar. Durante muito tempo, meu negócio dependeu demais da minha presença, da minha energia e da minha voz. Aprendi, às vezes do jeito mais duro, que impacto sem estrutura gera exaustão.

Hoje, meu foco está em:

  • transformar valor simbólico em receita previsível
  • criar produtos e metodologias replicáveis
  • separar a pessoa do negócio sem perder a alma

Empreender, para mim, deixou de ser resistência e passou a ser cuidado de longo prazo.

Chego em 2026 com algo que não tinha no começo: clareza. Clareza sobre minha área de atuação, sobre meu público, sobre o valor do que entrego e sobre o tipo de futuro que quero construir. Minhas conquistas até aqui livros, projetos ao vivo, reconhecimento institucional, marcas parceiras, palcos ocupados, não são ponto de chegada. São fundação.

O próximo ciclo é sobre longevidade. Sobre construir algo que continue mesmo quando eu descanso. Sobre fazer com que meu trabalho não apenas inspire, mas sustente vidas, inclusive a minha.

Se você chegou até aqui buscando inspiração, deixo uma verdade honesta: não existe jornada empreendedora sem conflito interno. O que existe é a escolha entre repetir padrões ou transformá-los em método.

Eu escolhi transformar.

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